Algumas escolas ainda não se atentaram para o fato de que o tipo de pedagogia praticada
é um fator determinante na evolução dos alunos, especialmente quando se trata de alunos
com deficiência intelectual.
A pedagogia que nã o leva em consideração as diferenças dos alunos, que não está
atenta para as diferenças de ritmos, de interesses, de estilos de aprendizagem, ao invés de
promover, nega o desenvolvimento e a aprendizagem desses alunos.
Nega o que está garantido constitucionalmente a eles que é o direito à educação e à apro-
priação dos bens culturais construídos ao longo dos anos pela humanidade e transcritos em
forma de conteúdos escolares.
O acompanhamento do professor do AEE na sala de aula do ensino comum se caracteriza
por uma interlocução em que o professor do AEE deve procurar ouvir as dificuldades encon-
tradas por esse professor para ensinar ao aluno com deficiência intelectual no contexto da
sala de aula. Quando as dificuldades forem do âmbito da gestão da classe ou do ensino
formal, essas dificuldades devem ser discutidas pela equipe pedagógica da escola da
qual os professores em questão devem participar.
A participação do aluno na sala de aula regular não deve ser negligenciada.
É importante considerar que a interação do aluno com seus pares na classe comum fazem
dele um agente participativo que contribui ativamente para a constituição de um
saber compartilhado.
O aluno deverá perceber-se como sujeito que contribui para a construção de saberes
coletivos, retirando disso múltiplas vantagens, inclusive a de acessar um papel social
valorizado.
Oportunizar ao aluno com deficiência intelectual viver integralmente a sua escolarização no espaço da sala de aula comum permite que ele se beneficie dessa convivência.
A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar
O Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Deficiência Intelectual
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